Notas sobre a reunião pelo fim da impunidade no trânsito
8 de fevereiro de 2012 7 Comentários
– A reunião lotou o Café dos Esportes. Faltou cadeira, demonstrando o interesse da população no tema.
– Alexandre, atleta da IronMind, passou por ambos os ciclistas instantes antes. Os ciclistas estavam na grama, circulando após o guard rail. Foram atingidos na grama, a 4,5m! O ciclista falecido, Emílio Delfino Carvalho de Souza voou sobre o carro, parando próximo a Alexandre.
– O motorista Lucas Collovini estaria com pulseirinha de balada e com forte cheiro etílico
– Há apenas 4 bafômetros em Florianópolis. Um ciclista que treinava no domingo, ao passar na saída de uma balada (a Pacha), viu policiais militares controlando o trânsito, ajudando os motoristas, alguns visivelmente alterados, a saírem das noitadas.
– A juíza Ana Luísa Schmidt Ramos estava de plantão no dia do acidente do Rodrigo Lucianetti. Foi a primeira noite da Lei Seca na cidade. Ela, à época, não pedalava. Começou a usar a bicicleta há um ano e meio. No dia, morreram duas pessoas (um motociclista foi o outro). Ela, desde o princípio, considerou o caso como homicídio doloso.
– Os advogados do motorista Thiago Luiz Stabile queriam que os ciclistas Lucianetti e Marcelo Godoy realizassem exames de sangue. Achavam que uma barrinha de cereal fosse maconha… Obviamente, ambos não estavam drogados, ao contrário de Thiago, que se encontrava alcoolizado.
– Uma das declarações mais comoventes veio de João Paulo Garibaldi, aluno da nona fase da Medicina, que afirmou que estavam todos consternados e manifestou a solidariedade e disposição do Centro Acadêmico Livre de Medicina (CALIMED) em colaborar no que for possível.
– Declarações da Polícia Militar Rodoviária quando de ligações de ciclistas que, no acostamento, observaram veículos cujos motoristas aparentam estar embriagados têm sido desencorajadoras, ocasionando inação deste órgão e ineficácia na aplicação da Lei Seca, além de impunidade no trânsito.
Encaminhamentos:
– Exigir que as autoescolas obrigatoriamente passem a ministrar conteúdos da legislação referente à circulação de bicicletas. Pedir a obrigatoriedade de uma questão referente à bicicleta no exame do DETRAN.
– Pedir a marcação da data do júri popular do motorista que atropelou Rodrigo Lucianetti.
– Marcar reunião no Ministério Público e outros órgãos.
– Exigir mais bafômetros para o Estado e efetiva fiscalização nas rodovias estaduais, com o cumprimento da Lei Seca já.
– Triatletas participarão da competição no sábado com faixas pretas no braço, uma vez que não poderão comparecer à Bicicletada.
– Próxima reunião no Café dos Esportes na terça-feira que vem, às 19h, para marcar uma megamanifestação em prol da vida no trânsito, possivelmente o Pedal do Silêncio.
O bafometro funciona para que em médio nível de embriagues e se acha em condições de dirigir, neste nível a pessoa pode ter medo de punição e deixar de dirigir se estiver alcoolizada.
Para quem está em elevado nível de embriagues a falta de consciência faz com que a pessoas não tenha responsabilidade nem medo de punição pelo bafometro e vai dirigir igual.
É isso aí pessoal! Vamos nos manifestar, demonstrando que não estamos passivos à estas mortes e tentar fazer de forma que a população veja que estamos fazendo algo positivo para todos: ciclistas, amigos, familiares!
Abraços, Audálio Biker Jr
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