Chuva atrasa ciclovias no Campeche e Rio Tavares


Notícia vinda direto da edição de domingo, 23 de novembro de 2008, do Diário Catarinense (veja a matéria no site do DC aqui):

Diário Catarinense

Obras

Uma simples caminhada pode se tornar um perigo

Mais atenção enquanto calçada e ciclovia não forem concluídas

Para os moradores do Campeche, em Florianópolis, só disposição não basta na hora de fazer uma caminhada ou andar de bicicleta. Enquanto as obras de construção de calçadas e ciclovia na região não ficam prontas, é preciso olhos atentos e uma dose de malabarismo para não transformar um passeio em acidente de trânsito.

Ao menos deverá ser assim até o final do verão, para quando a prefeitura planeja a conclusão das obras de construção de calçamento e ciclovia na Avenida Pequeno Príncipe e Rio Tavares. A previsão da Secretaria de Obras é que os trabalhos na Pequeno Príncipe se encerrem no final de fevereiro; no Rio Tavares, no final de maio.

Por enquanto, o pedestre que transita pela região encontra exemplos do melhor e do pior da infra-estrutura urbana. No trecho que se estende entre o Marco do Campeche e a Escola Básica Brigadeiro Eduardo Gomes, na Avenida Pequeno Príncipe, as lajotas e o asfalto pintados de vermelho indicam a existência de um ponto seguro – e ideal – para se caminhar e pedalar. Mas quando a placa indica o fim da única etapa já concluída das obras municipais, é preciso atenção redobrada para disputar um canto do asfalto com os veículos. Há três meses adepta da bicicleta como veículo de transporte pelo bairro onde mora, Cristiana Zalamena já levou alguns sustos.

– Domingo quase fui atropelada quando um carro desviou pelo acostamento – contou.

Adepta da bicicleta para locomoção, Cristiana Zalamena quase foi atropelada quando carro desviou pelo acostamento. Foto: Daniel Conzi.

Adepta da bicicleta para locomoção, Cristiana Zalamena quase foi atropelada quando carro desviou pelo acostamento. Foto: Daniel Conzi.

A chuva intensa do último mês também se transformou num problema a mais nos pontos onde as obras estão paradas, especialmente no Rio Tavares, nas proximidades do terminal de ônibus. Quem anda por ali cruza com o barro trazido com a terra removida e muitas pedras.

– Com os buracos está ainda mais perigoso. Quem não está acostumado a andar por aqui se atrapalha – disse Marco Braga, que assim como Cristiana se acostumou a andar de bicicleta pelo bairro.

Chuva alterou o prazo de entrega

A chuva resulta em mais pedras no caminho tanto para transeuntes quanto para os responsáveis pela execução das obras. Segundo o secretário-adjunto Luiz Américo Medeiros, esse foi um dos motivos pela mudança no prazo de entrega da ciclovia e calçada do Rio Tavares, inicialmente prevista para o final do ano. Outra razão é a limitação do horário de trabalho.

– Nós temos um problema sério de desvio de trânsito ali. Além disso, a PRF pediu que nós reduzíssemos o trabalho das 9h30min às 16h30min. Por isso a obra não flui – explicou.

As duas obras foram iniciadas em março e, juntas, estão orçadas em aproximadamente R$ 1,6 milhão.

Sobre bicicletanarua
Ciclista urbano paulistano residente em Florianópolis.

4 Responses to Chuva atrasa ciclovias no Campeche e Rio Tavares

  1. Diego says:

    o ruim da chuva é quando ela serve de pretexto para a demora na entrega de obras. Fabiano, olha aqui o que é uma multa de trânsito de verdade:
    http://coisasdasuica.swissinfo.ch/?p=483

  2. Diego says:

    http://br.youtube.com/watch?v=d3MWKBD3Iu4

    Os caras da GM e da FORD indo pedir esmola pro governo americano de jatinho.

  3. Jonatha says:

    Acho muito importante as obras para uso da bici no campeche, mas nao sao ciclovias feitas ali! SAO CICLOFAIXAS, pois uma ciclovia demanda barreira fisica, o que nao ocorre aliapesar dos tachões. É identico ao caso da agronomica.
    Sao obras importantes, mas devem ser chamadas pela nomenclatura técnica correta.

  4. Fabiano says:

    Estranho ter falado isso. No site da ViaCiclo (que está igual às informações do Ipuf) está como ciclovia, ambos. Mas realmente a parte concluída do Campeche, em sua maior parte é uma ciclofaixa (pequenos trechos próximos a pontos de ônibus são a exceção).

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