Aluguel de bicicletas de Florianópolis deve ficar pronto em novembro de 2012
20 de outubro de 2011 37 Comentários
A reportagem abaixo foi originalmente publicada na versão on line do Jornal Notícias do Dia, edição de Florianópolis, em 28 de setembro de 2011. Você também pode também ler a matéria no site do ND aqui . As pequenas correções foram feitas direto no texto.
Florianópolis terá serviço de aluguel de bicicletas em novembro de 2012
Projeto será semelhante ao do Rio de Janeiro conhecido como Samba.
Seguindo o exemplo de cidades como Paris, Barcelona e Rio de Janeiro, a Capital de Santa Catarina passará a oferecer aluguel de bicicletas na região central da cidade e nos bairros Agronômica, Trindade, Itacorubi e Córrego Grande. O Floribike terá 111 estações e 1.395 bicicletas. A expectativa é de que o serviço passe a operar em novembro de 2012.
O primeiro passo para implantação foi dado nessa quinta-feira com o anúncio do projeto e da audiência pública que definirá o conteúdo do edital de licitação. De acordo com a diretora de planejamento do Ipuf, Vera Lúcia Gonçalves da Silva, serão necessários seis meses para definir o edital, habilitar as empresas canditadas e anunciar a vencedora. Depois disso, são mais oito meses para implantação.
A diretora de planejamento explica que o Floribike funcionará por concessão, ou seja, a prefeitura cederá o espaço público para instalação das estações e a empresa vencedora arcará com os custos dos equipamentos. Os pontos de aluguel de bicicletas já foram definidos, no entanto, ainda não se sabe qual tecnologia será utilizada e qual será o valor do aluguel.
No entanto, Vera Lúcia lembra que o Floribike será semelhante ao sistema de aluguel de bicicletas do Rio de Janeiro, implantado em 2008 e conhecido como Samba (Solução Alternativa para Mobilidade por Bicicleta de Aluguel). Nele, o usuário ganha os primeiros trinta minutos de uso e partir daí paga R$ 10 pela diária, R$ 30 pela semana e R$ 350 para o ano inteiro. Na maioria dos casos, o pagamento é feito com cartão de crédito.
Meta é desafogar o trânsito
Entre os benefícios do aluguel de bicicletas para a mobilidade urbana de Florianópolis está a diminuição do uso do carro e do ônibus em pequenas distâncias (em um raio de 5km). “A pessoa usa o veículo para as longas distâncias, como do Norte ao Centro ou do Sul ao Centro, e na região central se descola de bicicleta”, comenta Vera Lúcia.
O Floribike foi dividido em dois núcleos: o central e o universitário. O primeiro terá 66 estações e 830 bicicletas e inclui pontos como o Ticen (Terminal de Integração do Centro) e ruas e avenidas como Beira-mar, Bocaíuva, Almirante Lamego, Othon Gama D’eça, Mauro Ramos, Rio Branco, Paulo Fontes e Felipe Schimidt.
Já o núcleo universitário, que engloba os bairros Itacorubi, Córrego Grande e Trindade, terá 45 estações com 565 unidades e inclui ruas e avenidas como Gov. Irineu Bornhausen, Lauro Linhares, Titri (Terminal de Integração da Trindade), rodovia Ademar Gonzaga e avenida Madre Benvenuta (Udesc).
Pontos de aluguel de bicicletas
Núcleo central (66 estações com 830 bicicletas)
– Av. Beiramar (trapiche) – 2 estações de 15 unidades.
– Rua Bocaiúva/Almirante Lamego – 2 estações de 15 unidades.
– Av. Prof.Othon Gama D’eça – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Beira-mar – 2 estações de 15 unidades.
– Rua Bocaiúva – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Trompowsky– 1 estação de 15 unidades.
– Rua Bocaiúva (entorno do Shopping Beiramar) – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Mauro Ramos – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Rio Branco – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Beiramar (Entre a Avenida Rio Branco e a Rua Des. Arno Hoeschl) – 1 estação de 15 unidades.
– Rua Desembargador Arno Hoeschl – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Rio Branco – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Rio Branco (próximo ao Angeloni) – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Prof. Othon Gama D’eça – 2 estações de 10 unidades.
– Avenida Rio Branco (1° Regimento da Polícia Militar) – 1 estação de 15 unidades.
– Rua Santo Inácio de Loyola – 1 estação de 15 unidades.
– Largo Benjamin Constant – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Hercílio Luz– 1 estação de 15 unidades.
– Av. Mauro Ramos – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Adolfo Konder– 1 estação de 15 unidades.
– Av. Paulo Fontes (Encontro com a Rua Hoepcke) – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Paulo Fontes (Rodoviária Rita Maria) – 3 estações de 25 unidades.
– Rua Padre Roma – 1 estação de 15 unidades.
– Rua Felipe Schmidt (Largo Fagundes) – 2 estações de 15 unidades.
– Av. Osmar Cunha – 1 estação de 15 unidades.
– Rua Deodoro – 2 estações de 10 unidades.
– Largo da Catedral – 2 estações de 15 unidades.
– Rua Marechal Guilherme – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Hercílio Luz – 2 estações de 10 unidades.
– Praça Getúlio Vargas – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Hercílio Luz – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Mauro Ramos (Instituto Federal de Educação) – 2 estações de 15 unidades.
– Av. Paulo Fontes (Acesso ao Ticen) – 3 estações de 15 unidades.
– Rodovia Governador Gustavo Richard – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Paulo Fontes – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Procurador Abelardo Gomes – 2 estações de 10 unidades.
– Terminal Urbano de Florianópolis – 2 estações de 15 unidades.
– Praça Tancredo Neves – 2 estações de 15 unidades.
– Av. Hercílio Luz (Instituto Estadual de Educação) – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Mauro Ramos (Instituto Estadual de Educação) – 2 estações de 10 unidades.
Núcleo universitário (45 estações com 565 unidades)
– Av. Beira-mar (Praça Governador Celso Ramos) – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Beira-mar (Praça República da Grécia) – 1 estação de 15 unidades.
– Rua Rui Barbosa – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Gov. Irineu Bornhausen – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Gov. Irineu Bornhausen (Teatro do CIC) – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Lauro Linhares – 1 estação de 15 unidades.
– Titri – 2 estações de 15 unidades.
– Rodovia Admar Gonzaga – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Willian Richard Schisler Filho – 1 estação de 15 unidades.
– Rodovia Admar Gonzaga – 2 estações de 10 unidades.
– Av. Madre Benvenuta (Udesc) – 3 estações de 15 unidades.
– Rodovia Amaro Antônio Vieira – 1 estação de 15 unidades.
– Av. Henrique da Silva Fontes – 2 estações de 15 unidades.
– Av. Madre Benvenuta – 2 estações de 10 unidades.
– Rodovia Admar Gonzaga (Celesc) – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Lauro Linhares (Esquina com a Av. Madre Benvenuta) – 1 estação de 15 unidades.
– Rodovia Ademar Gonzaga (Entre a Rua Vera Linhares de Andrade e Avenida Buriti) – 1 estação de 15 unidades.
– Rua Lauro Linhares (Praça Santos Dumont) – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Delfino Conti – 2 estações de 15 unidades.
– Av. Henrique as Silva Fontes – 2 estações de 15 unidades.
– Rua João Pio Duarte da Silva (Parque Ecológico Córrego Grande) – 2 estações de 10 unidades.
– Rua João Pio Duarte da Silva (Encontro com a Rua Mto. Aldo Krieger) – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Cap. Romualdo de Barros – 2 estações de 10 unidades.
– Rua João Pio Duarte da Silva – 2 estações de 10 unidades.
– Praça Edison P. do Nascimento – 2 estações de 10 unidades.
– Rua Dep. Antonio Edu Vieira (Eletrosul) – 1 estação de 15 unidades.
Aline Rebequi
Saiba mais:
Florianópolis espera contar com bicicletas públicas em 2012
Veja também:
(Bicicultura) Jornal Bom Dia – Sorocaba terá mais ciclovias
(Bicicultura) Serttel aborda a iniciativa das bicicletas públicas
A ideia é boa e tem um caráter progressista, maaaaas não é popular.
350 por um ano inteiro… ok, e´quase 1 real por dia pra ter uma bicicleta…. Qual a qualidade da bicicleta? E se der problema, quem faz a manutenção? quem paga? Se eu pego um onibus do norte da ilha até o centro e quero fazer um pequeno deslocamento vou ter que pagar 10 reais?? Ou eu posso alugá-la por um ano e deixá-la nas estações? Posso levar pra casa?
Acho engraçado que o título da notícia cita Paris. Em Paris o sistema de bicicletas está integrado com o sistema de transporte público. E É ASSIM QUE TEM QUE SER. A PREFEITURA DEVE INCENTIVAR A INTEGRAÇÃO MODAL. Do jeito que está planejado este sistema e com a quantidade de bicicletas previstas, vai ser um FRACASSO. me desculpem, mas não tem como. Tá caro demais e nem um pouco articulado. A menos que eu tenho interpretado de forma muito errada. Fabiano, espero que minha opinião sirva aí pra quem consegue mexer os pauzinhos. eu acho que a empresa que ganhar a licitação deve participar do SETUF e integrar o sistema.
Arthur.
A qualidade da bicicleta só vai ser conhecida quando do processo licitatório. Mas a idéia é que a bicicleta seja de boa qualidade, uma vez que isso implica em menores custos de manutenção. A manutenção será feita pela empresa, a não ser que você quebre deliberadamente uma peça durante um deslocamento (por exemplo, pessoas que pegam a bike para fazer down hill, bmx).
Se você quiser fazer um deslocamento num só dia pagaria 10 reais sim. Esse sistema é bom para turistas, uma vez que 10/dia ou 30/semana são opções viáveis para quem está na cidade. Detalhe que o preço ainda é desconhecido, é apenas uma estimativa. A idéia é que moradores possam utilizá-la o ano inteiro. É útil para quem mora longe mas tem que fazer tudo no centro. Com as condições climáticas diferenciáveis da ilha, com alternância entre chuva e sol, ter a opçõa de usar a bicicleta no centro sem a obrigatoriedade de trazê-la de casa é algo para mim simplesmente fantástico.
Há princípios de integração intermodal. Bicicletários estão previstos no TITRI, TILAG e nos principais geradores de pólo. Entretanto, não se sabe se haverá integração tarifária. A tecnologia para isso já está disponível, pelo menos pelos concorrentes com os quais conversei. Deve-se salientar, contudo, que essa integração, se ocorrer, deverá se dar após o processo licitatório do transporte público.
Em Paris, o sistema básico de bicicletas coletivas é separado de uma integração tarifária com os ônibus. Entretanto, a integração básica bicicleta-transporte público que existe lá também é prevista aqui, na forma de estações próximas aos terminais de ônibus.
A quantidade de bicicletas, acredito eu, deveria ser maior. E pode ser! Isso vai depender da oferta da empresa durante a licitação. Diz-se que um número bom para fazer o sistema funcionar varia entre 1000 e 2000 bicicletas. Foi também por aí que houve incremento exponencial no número de viagens no SAMBA do Rio de Janeiro.
Olha, levar a bicicleta para casa você até pode… desde que, ao final, a devolva numa das estações! As bicicletas serão monitoradas, até para verificar eventuais problemas e rotas usadas pelos ciclistas. E também a logística de reposição das bicicletas nas estações.
Reitero que, por enquanto, só o que foi definido foi a primeira fase de implantação do aluguel de bicicletas, que ainda pretende, em pouco tempo, se espalhar por continente e, de forma decente, pela Bacia do Itacorubi. (sim, falo decente porque o foco é adensar o Centro com estações, mas a Bacia do Itacorubi também TEM que ser incorporada, não faria o menor sentido não ter UFSC e UDESC, e FIESC, e ELETROSUL e outros pólos geradores de tráfego na Bacia). É a única coisa que se tem praticamente fechada. O resto, só saberemos quando for aberta a licitação.
O preço estimado está de acordo com o que se estima para outras cidades do Brasil, que já contam com o sistema ou também estão em processo pré-licitatório. Lembro que nada impede que empresas comprem suas cotas e distribuam aos funcionários, tal qual como acontece com os passes de ônibus. Ao meu ver, ainda não é a hora de integração da empresa vencedora da licitação com o SETUF. Há anos arrasta-se o processo de licitação do transporte público e, desde 2009, Florianópolis já devia contar com aluguel de bicicletas. Colocar mais um possível complicador para sair ambas licitações parece-me prejudical a ambos. Ademais, informações advindas de trabalho de técnicos da Secretaria de Transportes me deixam realmente relutante em integrar neste momento a empresa com o SETUF. Não sei se haverá integração tarifária, nem sei se alguém realmente já saiba.
Parece-me, contudo, que mais do que integrar o sistema com o transporte coletivo (monetariamente falando) seja fundamental a integração com um sistema cicloviário decente e seguro. Isso sim é que é fundamental para o funcionamento do aluguel de bicicletas, que se prima mais pelos pequenos e médios deslocamentos que geralmente são feitos a pé ou, no caso de muito florianopolitano, de carro, em contraste com os percursos acima de 5-8km que são – ou deveriam ser – mais eficazes se feitos de ônibus, que já passam também pelos principais geradores de tráfego.
Ok, me esclareceu bastante e retiro muitos dos meus questionamentos. Mas muitos receios permanecem. Depois conversamos pessoalmente. Abraços.
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