(VI) Especial Floribike: Conheça as concorrentes – Serttel

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Três empresas estão habilitadas a concorrer à implantação do sistema de bicicletas coletivas de Florianópolis. Uma delas é pioneira no Brasil em oferecer o serviço automatizado de compartilhamento de bicicletas. A Serttel tem origem em Recife, mas ganhou  destaque no Rio de Janeiro. Apesar de seus 23 anos de existência, apenas em 2009, quando firmou parceria com a prefeitura carioca para implantar o SAMBA (Sistema Alternativo de Mobilidade por Bicicletas de Aluguel) obteve reconhecimento nacional.

Com oito locais para se retirar e devolver bicicleta na zona sul do Rio de Janeiro, o sistema, que contava com a necessidade de uso de celular para se efetuar o aluguel, chamou atenção para esse nicho de mercado até então quase inexistente no país.

Ainda nessa época, a empresa chegou a ser cotada para oferecer o mesmo serviço em Florianópolis, em negociações que se mostraram infrutíferas.

Em 2011, a empresa passou por uma grande reformulação. O aporte de patrocínio do banco Itaú possibilitou uma melhora tecnológica do sistema de bicicletas coletivas e a expansão a outras cidades do país. Hoje, o BikeRio conta com 600 bicicletas em 60 estações na região de Copacabana, Vieira Souto e Lagoa Rodrigo de Freitas, nas quais são feitas mais de 125.000 viagens mensais.

BikeRio. Foto: Sebrae.BikeRio

Em compensação, os sistemas que existiram em Blumenau e João Pessoa não deram certo. Na cidade catarinense, as cinco estações instaladas em 2009 até estavam localizadas em bons pontos, mas eram em número insuficiente para gerar uma demanda atrativa ao serviço.

SAMBA Blumenau. Foto: Jaime Batista da Silva.SAMBA Blumenau

Já na orla paraibana, o Pedala João Pessoa mostrou-se um sucesso, mas o clima do nordeste prejudicou a durabilidade das bicicletas e, no início de 2012, o projeto foi retirado para ser reestruturado e recolocado em operação com foco nos moradores da cidade – o principal uso era por turistas. Até agora, o Pedala João Pessoa não foi reativado.

Pedala João Pessoa. Foto: Rogério Leite / Pedalando e Olhando.Pedala João Pessoa

Recentemente, a empresa adquiriu os direitos para implantar e operar os sistemas de bicicletas coletivas de diversas outras cidades brasileiras.

Confira a abordagem das bicicletas coletivas pela Serttel durante o Bicicultura 2010

Em março de 2011, a empresa disponibilizou em Petrolina (PE) o empréstimo de bicicletas, local onde opera já o sistema de estacionamentos rotativos (equivalente à Zona Azul).

SAMBA Petrolina. Foto: Plantão do Vale.SAMBA Petrolina

Em 2012, entrou em operação o BikeSampa. A capital paulista hoje possui 96 estações e 1152 bicicletas passíveis de circulação. Já na Baixada Santista, o BikeSantos conta com 30 estações e até 360 bicicletas.

BikeSantos. Foto: A Tribuna.BikeSantos

Além disso, venceu as licitações para Porto Alegre e Sorocaba. No Rio Grande do Sul, também são 30 as estações já em operação no BikePoA.

BikePoA. Foto: Deb Dorneles / Porto Alegre Cycle Chic.BikePoA

Já em Sorocaba, cidade-modelo quando se trata de mobilidade por bicicleta, o aluguel de bicicletas é gratuito. Para pegarem bicicletas em algumas das 18 estações do IntegraBike, o usuário deve utilizar um dos cartões de transporte coletivo.

Integrabike. Foto: Eu Vou de Bike.IntegraBike

Em Recife, no começo deste ano, começou a operar o Porto Leve, um projeto da incubadora tecnológica pernambucana Porto Digital. São 10 estações e 100 bicicletas em funcionamento, número que deve dobrar em três anos.

Porto Leve. Foto:  Rhayana Fernandes / LeiaJá.Porto Leve

Saiba mais:

(I) Especial Floribike: Edital de concorrência será lançado no aniversário da cidade
(II) Especial Floribike: São Paulo e Rio de Janeiro foram pioneiros
(III) Especial Floribike: Projeto de bicicletas coletivas vem de 2009
(IV) Especial Floribike: Conheça as concorrentes – Compartibike
(V) Especial Floribike: Conheça as concorrentes – Movement Barcelona
(VI) Especial Floribike: Conheça as concorrentes – Serttel
(VII) Especial Floribike: As empresas que ficaram pelo caminho
(VIII) Especial Floribike: A opção por Nova York
(IX) Especial Floribike: Compartilhamento universitário
(X) Especial Floribike: Iniciativa do interior do Paraná é premiada
(XI) Especial Floribike: Bicicletas coletivas que salvam vidas
(XII) Especial Floribike: Como funcionará em Florianópolis

Veja também:

Floribike: encaminhamento do edital homenageou os 10 anos da Bicicletada em Florianópolis
Apenas duas empresas são habilitadas a concorrer ao sistema de bicicletas públicas de Florianópolis
Aberto edital de pré-qualificação do sistema de bicicletas públicas de Florianópolis
Aluguel de bicicletas de Florianópolis é tema de Podcast
Embora pronto, edital das bicicletas públicas de Florianópolis não será lançado em 2011
Ata da Audiência Pública do Sistema de Bicicletas Públicas de Florianópolis (Floribike)
Florianópolis dá primeiro passo para implantação de bicicletas coletivas
Audiência pública debaterá aluguel de bicicletas em Florianópolis
Aluguel de bicicletas de Florianópolis deve ficar pronto em novembro de 2012
Florianópolis espera contar com bicicletas públicas em 2012

(II) Especial Floribike: São Paulo e Rio de Janeiro foram pioneiros

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Primeiras versões foram remodeladas

O sistema de bicicletas coletivas chegou ao Brasil em 2009, implantado de forma quase simultânea em São Paulo e no Rio de Janeiro. No exterior, é comum observá-lo em cidades européias e na América do Norte.

Em São Paulo, a iniciativa começou com o Instituto Parada Vital. Com o apoio da Porto Seguro, implantou aluguel de bicicletas junto a estações de metrô e estacionamentos da rede Estapar na Avenida Paulista. O sistema não era automatizado, sendo que foram constantes as reclamações de usuários quanto à demora para se retirar uma bicicleta, mesmo com cadastro já feito.

Possuía um caráter social, dando oportunidades de emprego e treinamento a jovens de comunidades carentes. Além do empréstimo de bicicletas, também possibilitava o estacionamento de bicicletas dos usuários. O serviço funcionava, de início, até às 22h, com alguns dias, como durante as Bicicletadas, fechando às 23h. Atualmente, várias estações encontram-se desativadas.  No site da empresa, diz que existem 16 estações junto aos metrôs, além de uma na EMTU e duas em unidades educaionais. Alguns deles, entretanto, não tem estado funcionando

Já o sistema carioca já começou automatizado. A empresa Serttel, que concorre também em Florianópolis, tinha implantado 8 estações, cada uma com 10 bicicletas, na região de Copacabana, Vieira Souto e Lagoa Rodrigo de Freitas. A retirada e devolução das bicicletas era feita mediante SMS, fornecendo os números contidos nas estações.

Em 2011, entretanto, houve uma imensa reformulação tecnológica. Novos aplicativos facilitaram a vida de quem queria usar o sistema. As bicicletas ganharam cores novas com o patrocínio Master do Itaú e o SAMBA (Sistema Alternativo de Mobilidade por Bicicletas de Aluguel) virou o atual BikeRio, Hoje, são 60 estações e 600 bicicletas disponíveis no Rio de Janeiro.

<Saiba mais:

(I) Especial Floribike: Edital de concorrência será lançado no aniversário da cidade
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(III) Especial Floribike: Projeto de bicicletas coletivas vem de 2009
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(V) Especial Floribike: Conheça as concorrentes – Movement Barcelona
(VI) Especial Floribike: Conheça as concorrentes – Serttel
(VII) Especial Floribike: As empresas que ficaram pelo caminho
(VIII) Especial Floribike: A opção por Nova York
(IX) Especial Floribike: Compartilhamento universitário
(X) Especial Floribike: Iniciativa do interior do Paraná é premiada
(XI) Especial Floribike: Bicicletas coletivas que salvam vidas
(XII) Especial Floribike: Como funcionará em Florianópolis

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(Bicicultura) Serttel aborda a iniciativa das bicicletas públicas

A tarde de sexta-feira, 03 de dezembro, contou com a presença de Ângelo Leite, presidente da Serttel, empresa que detém as concessões do sistema de bicicletas públicas nas cidades de Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa. Nestas três cidades, os usuários cadastrados desfrutam das bicicletas do SAMBA – Solução Alternativa para Mobilidade por Bicicletas de Aluguel.

Ângelo afirmou que não é possível viabilizar economicamente o sistema de bicicletas públicas apenas com o dinheiro dos usuários do sistema, pois, se os custos de operacionalização fossem repassados os ciclistas, o valor da tarifa seria tão elevado que acabaria por inviabilizar o próprio sistema.

Ângelo Leite fala do sistema de bicicletas públicas implantado no Rio de Janeiro, Blumenau e João Pessoa.

As bicicletas do SAMBA são liberadas através do celular e isso deve-se a dois motivos. O primeiro é financeiro: diminui-se o custo de instalação das estações nas quais as bicicletas poderão ser retiradas. A utilização de cartão encarece muito o custo de cada estação. Já o sistema de liberação pelo celular permite que a implantação de cada estação seja feita com 1/4 do valor de uma estação européia. O segundo motivo é a relação do consumidor com o celular: o aparelho é de uso pessoal, cada pessoa tem o seu, é difícil alguém passar o aparelho para os outros, como pode acontecer com o cartão. Mesmo assim, o sistema pode funcionar com o uso de cartões, que podem, inclusive, ser integrado ao sistema de transporte público dos municípios, ou ainda serem deixados em hotéis e liberaram as bicicletas para que os turistas possam utilizar com maior facilidade e comodidade as bicicletas públicas. A tecnologia para isso a empresa já tem desenvolvida.

Rio de Janeiro

As primeiras bicicletas públicas da Serttel começaram a ser implementado no Rio de Janeiro em caráter experimental em dezembro de 2008 e liberadas para todos no começo do ano seguinte. Começou tímido, com baixa procura, mas, com o aumento no número de estações, o número de usuários foi aumentando exponencialmente.

O SAMBA na Cidade Maravilhosa conta com cerca de mil usuários habituais e mais mil eventuais, totalizando cerca de 3000 viagens por mês, número expressivo quando se observa que, antes de abril deste ano, seram totalizadas entre 500 e 700 viagens mensais. Por lá, há ciclistas que utilizam as bicicletas públicas 90 vezes num mês!

Houve ainda expressivo aumento no número de usuários, destaca Ângelo, através de uma parceria com o jornal O Globo, no qual seus assinantes pagam apenas R$2,00 por mês ante o preço normal de R$20,oo. Hoje, eles somam 30% dos cadastrados no SAMBA.

Para o futuro, a empresa espera colocar nas ruas mais 2600 bicicletas até 2016, implantando 60 novas estações – todas funcionam com energia solar – por ano.

Blumenau

O SAMBA implantado na cidade catarinense apresenta um baixo uso frente à expectativa. Há cerca de 300 usuários cadastrados. Ângelo avaliou que isso ocorreu devido à implantação em locais inadequados e afirmou que o sistema na cidade deverá ser re-estruturado.

João Pessoa

Ao contrário de Blumenau, as bicicletas de João Pessoa tiveram um sucesso inesperado. Inauguradas em março deste ano, hoje já contam com mais de 500 pessoas cadastradas. Foram implantadas apenas quatro estações na orla da praia, voltadas ao lazer da população.

O caso de Florianópolis

Foi divulgada a implantação do sistema de bicicletas públicas de Florianópolis, o Floripa Bike, que deveria entrar em funcionamento em 22 de setembro de 2010. Mas isso não aconteceu. A cidade iria ser a segunda em que a Serttel instalaria as suas bicicletas, chegou a fazer todo um projeto, o IPUF projetou a instalação física e definiu locais em que a cidade deveria receber o sistema, em três fases de implantação.

Na hora da viabilização do projeto, as conversas entre a empresa e a prefeitura não avançaram. Opinou-se utilizar o dinheiro arrecadado com a Zona Azul, o sistema de estacionamento rotativo nas ruas da cidade, para financiar a manutenção das bicicletas públicas. Recebeu-se a negativa. Tentou-se falar com o banco que administra a folha de pagamento da cidade, que poderia se interessar pela imagem positiva que isso iria lhe proporcionar. Mais uma negativa. Sendo assim, teria-se que viabilizar o sistema apenas com as tarifas dos usuários, o que resultaria num projeto de alto risco que a empresa preferiu não assumir.

Fabiano Faga Pacheco

Floripa realiza a primeira Semana Internacional da Bicicleta

Entre os dias 20 e 25 de abril, acontecerá em Florianópolis a I Semana Internacional da Bicicleta. O evento contará com palestras, oficinas e workshops gratuitos e abertos à comunidade mediante inscrição prévia (que já estão no final). A realização é do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (IPUF) em parceria com a rede Cities for Mobility (de Stuttgart, Alemanha) e as ONGs ViaCiclo e Interface for Cycling Expertise (I-ce), da Holanda, através do Bicycle Partnership Program (BPP).

Sinterbici

O evento tem como foco o transporte e suas implicações para a coesão social, com destaque para os programas de bicicletas públicas,  a acessibilidade das crianças às escolas e o papel do transporte não-motorizado na promoção das Metas do Milênio (redução da pobreza, direito à educação e sustentabilidade).

Na vanguarda dos programas de bicicleta pública do Brasil, estarão na Semana Internacional da Bicicleta, o presidente da Sertell, Ângelo Leite, responsável pela iniciativa carioca SAMBA, e o presidente do Instituto Parada Vital, Ismael Domingues Caetano, que, em parceria com a seguradora Porto Seguro, implantou o sistema paulistano UseBike.

A Programação da I Semana Internacional da bicicleta está imperdível, recheada de “feras” do Brasil, da Alemanha e da Holanda, que nos mostram que um futuro melhor é possível.

O encontro conta com o apoio do Ministério das Cidades, através da Secretaria Nacional de Transportes e da Mobilidade Urbana (SEMOB), do Departamento Nacional de Infraestrutura (DNIT), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Departamento Estadual de Infraestrutura (DEINFRA), da Prefeitura Municipal de São José, através da Secretaria de Obras, do FloripAmanhã, Bicicletada Floripa, além de Fundação Movilization, International Bicycle Consultancy (IBC) e AH8 – Escritório de Planejamento e Projetos Cicloviários.

Abaixo, parte do texto de divulgação da Semana:

Florianópolis alia-se ao movimento global em direção à sustentabilidade dos transportes, o que inclui o uso da bicicleta, um modal econômico, acessível e não poluente de deslocar os cidadãos dentro da cidade.

Recentemente a capital catarinense foi escolhida pela Rede Mundial de Cidades pela Mobilidade Urbana (Cities for Mobility) para coordenar o grupo temático sobre transportes não motorizados. Além disso, a cidade também foi acolhida pelo Programa de Parcerias pela Bicicleta (Bicycle Parnership Program), que disponibiliza auxílio técnico do governo holandês.

O evento será uma excelente oportunidade para obter conhecimentos sobre o que há de mais avançado em termos de mobilidade ciclística no mundo, além de oportunizar a troca de experiências entre os participantes.

Saiba mais:

UseBike: resumindo – XuPaKaVrAz explica como funciona o sistema de bicicletas públicas de São Paulo.

Como utilizar as bicicletas de aluguel cariocas – o blogue da Transporte Ativo ensina os cariocas a usar o SAMBA.